ER: Ricardo, pode nos contar um pouco de sua trajetória até chegar a diretor de Pólo Aquático da CBDA?
RC :
Fui nadador e jogador de pólo aquático. Fui técnico de pólo aquático do
C.R.Guanabara e do Fluminense.F.C, e em 1997 ingressei na CBDA a
convite do Dr. Coaracy. Não sou Diretor, sou Supervisor Geral de Polo
Aquatico e divido meu tempo com a UERJ onde sou professor há 32 anos.
Tenho Graduação em EF, Mestrado em EF e MB em Gestão Esportiva pelo
COI/COB.
ER: Como você traça o panorama do pólo aquático no Brasil hoje?
ER: Visando os Jogos de 2016, os Governos (Federal, Estadual e Municipal) têm dado algum incentivo para desenvolver o Pólo Aquático brasileiro?
ER: Você acredita em medalhas em 2016?
ER: Como você vê a demolição do Parque Aquático Júlio Delamare?
ER: Por que o Pólo Aquático não é tão popular no Brasil quanto em países como Espanha, Itália, Estados Unidos, Sérvia, etc?
ER: Fora do eixo Rio-São Paulo, apesar de existirem inúmeros clubes com piscinas, há muito poucos com Pólo Aquático, sobretudo no interior dos estados. Como massificar o esporte?
ER: O interesse das mulheres pelo Pólo Aquático tem crescido? Há ainda menos clubes com escolinhas femininas...
RC: O
pólo aquático feminino tem sido um desafio. Além de não crescer, em
alguns momentos, diminui e volta a crescer novamente. O contingente de
praticantes é muito pequeno e, ainda, está muito elitizado.ER: Você está satisfeito com as duas principais competições de Pólo Aquático do país - a Liga Nacional e a Taça Brasil? Quando teremos uma Liga Nacional feminina?
ER: Quanto custa aproximadamente disputar estas competições e a CBDA consegue patrocinadores suficientes para custeá-las?
ER: Há algum projeto para o Sul-Americano de clubes voltar a exisitr?
ER: Minas Gerais é um estado muito próximo de Rio e São Paulo, fortíssimo na Natação, mas que não tem Pólo Aquático. Por que? Como mudar isso?
RC:
Já teve. Temos tentado, mas existe uma resistência muito grande por
parte dos clubes, principalmente, o Minas Tenis Clube, que é a maior
referência no Estado. E uma pena pois trata-se de uma potência olímpica.
O aspecto financeiro, a demora em apresentar resultados, são algumas
ameaças aos projetos.
RC: Vejo mais facilidade em resgatar a modalidade no Guanabara e Tijuca T.C, ambos se desinteressaram da modalidade pelos custos e pela evasão de seus atletas para outros clubes. Nos outros locais acho que a questão financeira seria o maior impedimento. Hoje temos uma segunda divisão nacional a 0800, como se diz popularmente e o Guanabara participou ano passado. Parece que esse ano o Tijuca vai brigar por uma vaga. Vamos torcer. É necessário também que se resgate a base e nisso, ambos os clubes sempre foram craques. Clube de Futebol não entra em competição para levar goleada. Essa cultura é difícil de modificar.
ER: Deseja deixar um recado final?