domingo, 17 de abril de 2011

Entrevista com a Diretoria de Esportes Olímpicos do Tijuca TC

Agradecemos a João Filho (VP de Esportes Terrestres), Marinês Altoé (Diretora de Esportes Aquáticos), Paulo Cinelli (VP de Tênis) e Reynaldo Velloso (Diretor de Xadrez) pelo tempo e carinho investidos nesta entrevista. Agradeço também a Alda Rosa, assessora de imprensa do Tijuca Tênis Clube por fazer possível esta entrevista.

ER: Qual o grande projeto dos Esportes Aquáticos do Tijuca para a Olimpíada?
TTC: Evoluir desportivamente os atuais jovens talentos produzidos nas equipes de base, que já são realidade em nível nacional, ganhando títulos e representando as Seleções Brasileiras.


ER: O Tijuca é muito forte na base mas não consegue ser tão forte nas equipes adultas de Natação e Pólo Aquático. Por que?
TTC: Tudo está relacionado a suporte financeiro extra-clube, pois um clube esportivo social não consegue manter, apenas com suas próprias receitas, um grande grupo de atletas de alto nível. Para grandes desempenhos, os gastos com viagens, competições e auxílio aos atletas tornam-se muito alto.

ER: Qual a maior dificuldade dos esportes aquáticos em encontrar patrocinadores?
TTC: O Tijuca Tênis Clube, na Administração Paulo Maciel ingressou no CONFAO – Conselho de Clubes Formadores de Atletas Olímpicos - e o presidente Paulo Maciel está atuando em prol dos benefícios da Lei de Incentivos Fiscais.

ER: O Nado Sincronizado do Tijuca é muito forte. Como manter as atletas no clube sem perdê-las para a dupla Fla-Flu.
TTC: É uma grande tradição do Tijuca, que tem técnicas de alto nível. O clube orgulha-se em manter esta modalidade, no topo do país, assim conseguindo patrocínios para as atletas.

ER: Por que o Tijuca não tem time feminino de Pólo Aquático?
TTC: A procura é pouca, não havendo número suficiente para formar equipe.

ER: Qual o grande projeto dos Esportes Terrestres do Tijuca para a Olimpíada?
TTC: Melhorar as instalações para a prática das escolinhas com a procura de investimentos e preparar os novos atletas para 2016.

ER: O Tijuca é muito forte na base do Vôlei mas não tem um time adulto. Por que?
TTC: Falta patrocínio.

ER: O Tijuca já tentou no passado se firmar como uma força do basquete brasileiro. Este time adulto masculino é um projeto de longo prazo?
TTC: Todo projeto na categoria adulto requer um longo prazo, mas para isso se concretizar o patrocínio também tem que acompanhar.

ER: Por que o Tijuca não tem equipes femininas de basquete?
TTC: Por falta de equipes em outros clubes, para que possa ser feito um Campeonato atrativo.

ER: Além de Basquete e Vôlei o Tijuca tem mais duas modalidades olímpicas: Judô e Ginástica Rítmica. Como é o desenvolvimento destes esportes no Tijuca?
TTC: O desenvolvimento desses esportes é o melhor possível, pois eles têm grandes e experimentados técnicos. Alguns atletas se destacam individualmente e conseguem algum patrocínio, mas para equipes é muito difícil.

ER: Qual a maior dificuldade dos esportes terrestres do Tijuca em encontrar patrocinadores?
TTC: Por ser um clube Social e não de Futebol.

ER: O Tijuca já teve outras modalidades esportivas em seu passado. Há algum projeto de reintroduzi-las no clube?
TTC: Os poucos esportes que tivemos no passado e já se extinguiram não estão em projetos de reintrodução.

ER: Sinuca, Jiu-Jitsu, Kung Fu e Xadrez são os esportes não-olímpicos do Tijuca. O grande destaque entre eles é o time de Xadrez que é um dos mais fortes do estado. Os esportes não-olímpicos tiram verba dos esportes olímpicos?
TTC: Não. Acredito que a pergunta está invertida, pois é exatamente o contrário: os esportes olímpicos sempre possuem mais apoio, pois dão retorno na mídia, o que interessa aos patrocinadores. O xadrez tem sua própria olimpíada, em separado. O COI tem suas regras, principalmente no que se refere aos contratos milionários para os seus eventos. A FIDE (Federação Internacional de Xadrez) discorda destas regras e prefere realizar uma olimpíada própria, com seus próprios patrocinadores. Mas, no Brasil, o apoio não é tão grande assim. Veja só: estamos próximos das Olimpíadas e o que ouvimos falar de apoio aos atletas? Nada! Somente os clubes, mesmo assim pouquíssimos apóiam e financiam competições e atletas. O Tijuca é um exemplo a ser seguido, pelo apoio ao Xadrez, na administração Paulo Maciel. A tendência é de um grande fracasso nos próximos Jogos, se ninguém acordar a tempo.

ER: Como fazer com que o Xadrez recupere o prestígio perdido há décadas com a debandada dos clubes de futebol do esporte?
TTC: O xadrez do Tijuca Tênis Clube é o atual Bicampeão da Taça Eficiência, detendo portanto, a liderança no Rio. Mas, para o resgate deste esporte, seria importante que outros clubes também o praticassem. Em passado não muito longe, tivemos Flamengo, Fluminense, Vasco etc., participando. Projetos para este esporte precisam aparecer e acontecer e patrocinadores surgirem. Em uma ação ímpar, inovadora, o Presidente do Tijuca Tênis Clube, Paulo Maciel, determinou que a orientação esportiva do clube fosse a de formulação de projetos incentivados, através da lei de renúncia fiscal. Tais situações podem ocorrer junto aos Governos Federal e Estadual. Será a nossa grande redenção. O Tijuca estará na vanguarda da mobilização do esporte, no Rio de Janeiro. O xadrez tijucano já elaborou seu projeto. Se realizado, faremos no Rio o que Nunca foi feito no Brasil , neste esporte da mente.

ER: O Tênis do Tijuca tem alguma promessa para Rio 2016?
TTC: A promessa do Tijuca é Vitor Galvão, jovem de 17 anos, que tem participado de torneios no exterior, inclusive o U. S. Open Juvenil.

ER: Por que não se recria no Rio o Estadual Interclubes de Tên, nos moldes da Copa Davis? Seria uma forma interessante dos clubes correrem atrás de formar novos tenistas e contratar estrelas para seus times, reforçando assim o Tênis do Rio.
TTC: Os campeonatos Estaduais de Classes (1ª, 2 ª, 3ª, 4ª e 5ª classe) e o de estreantes (garotos com idade de 15 e 16 anos), que estavam despontando para o esporte, eram organizados pela FETERJ - Federação de Tênis do Estado do Rio de Janeiro. Com o fim desses torneios, a Federação foi enfraquecendo e, como conseqüência, os clubes cariocas.

18) O que fazer para o Tênis do Tijuca ser tão forte quanto o do Pinheiros, Minas Tênis, Paulistano, etc.?
TTC: Para o Tênis do Tijuca e dos demais clubes cariocas voltar a ser forte é preciso dar outro rumo à FETERJ, para que ela volte a organizar os torneios acima citados, inclusive interclubes (por equipe - 4 simples e uma dupla) motivando assim os atletas a participarem das equipes que representam os seus clubes.

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